Um estudo avaliou-se o impacto do consumo de alimentos ultra-processados no risco de desenvolvimento de câncer em 104.980 indivíduos. Esses alimentos, depois de sofrer vários processos físicos, biológicos e/ou químicos, terminam sendo concebidos como microbiologicamente seguros, convenientes, altamente palatáveis e acessíveis à população e estima-se que contribuam entre 25 e 50% do total diário de fonte energética para o indivíduo. Em tempo, os alimentos ultra-processados geralmente apresentam maior teor de gordura total, gordura saturada, açúcar e sal adicionados, além de uma menor concentração de fibras e poucas vitaminas. Além disso, podem conter aditivos alimentares que são autorizados, mas controversos por possíveis propriedades carcinogênicas. As análises deste estudo demonstraram o aumento do risco global de câncer, e mais especificamente do câncer de mama, associado à ingestão de alimentos ultraprocessados.
Olhando de outra forma, um aumento de 10% na proporção de alimentos ultra-processados na dieta foi associado a um aumento significativo de mais de 10% nos riscos de câncer de mama. Por fim, entenda que sua saúde está no seu prato de refeição e que se come todos os dias de maneira equilibrada e com disciplina. À exceção de limitações e restrições individuais, uma alimentação correta e saudável é correta e saudável para todos, independente do sexo, raça ou nível social… Procure ingerir alimentos naturais como vegetais em geral, sementes e castanhas, cereais e grãos integrais, os quais possuem em sua composição muitas fibras, minerais e vitaminas. E sempre que houver a opção, escolha os orgânicos!
Comida não é um calmante que se compra no supermercado, não resolve problemas ou diminui seu estresse, portanto, não busque no alimento um refúgio para se sentir melhor nas suas dificuldades.
BMJ 2018; 360: k322