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  • Foto do escritorDimas Elias Democh Junior

Gordura no fígado pode ser grave: esteato-hepatite


A doença do fígado gorduroso é a doença hepática mais comum do mundo. Cerca de 25% dos adultos nos Estados Unidos têm fígados gordurosos na ausência de consumo excessivo de álcool, uma condição denominada doença hepática gordurosa não alcoólica.


A esteato-hepatite não alcóolica é fortemente associada ao sobrepeso ou obesidade e à síndrome metabólica. Uma análise recente de estudos envolvendo mais de 8,5 milhões de pessoas de 22 países mostrou que mais de 80% dos pacientes com esteato-hepatite não alcoólica são obesos ou com sobrepeso, 72% têm dislipidemia e 44% receberam diagnóstico de diabetes mellitus tipo 2.


A evolução dessa doença pode caminhar para cirrose hepática e está associada a uma maior incidência de câncer de fígado (carcinoma hepatocelular). Um estudo com seguimento de mais de 250 mil crianças dinamarquesas o qual associou que a obesidade infantil aumentou o risco de carcinoma hepatocelular na idade adulta.

Dentre os mecanismos causadores estão fatores modificaveis que promovem a inflamação (por exemplo, gordura abdominal e visceral, síndrome metabólica, alterações na microbiota intestinal e alterações do ritmo circadiano) estes aumentam a exposição de das células hepáticas a citocinas e outros mediadores inflamatórios, que são hepatotóxicos.


Alguns polimorfismos genéticos estão sendo estudados na patogênese da doença e a definição desses fatores que regulam a susceptibilidade ao dano no fígado é importante pois alguns dados mostram que a influência genética podem representar cerca de 50% das diferenças entre indivíduos na prevalência de esteato-hepatites não alcoólicas e cirrose.


Atualmente, as modificações de estilo de vida são as principais intervenções para a esteato-hepatite não-alcóolica que ainda não evoluíram para formação de fibrose hepática: reduza o peso corporal; diminua a ingestão de álcool; limite o consumo de bebidas enriquecidas com frutose e evite excessos de carboidratos. A vitamina E pode ser usada como tratamento adjuvante, assim como medicações específicas de acordo com a gravidade do quadro.


N Engl J Med 2017;377:2063-72


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